Cada vez mais as mulheres são protagonistas, não só de suas histórias, como de grandes empresas do agronegócio. De olho nessa presença feminina empreendedora, a Cooperativa Veiling Holambra criou, em 2019, o Mulheres Cooperativistas Veiling. O grupo formado por cooperadas, filhas e esposas de cooperados tem o objetivo de difundir a filosofia cooperativista e corroborar com o fortalecimento das mulheres no segmento.
“A iniciativa surgiu de uma das sócias, que reuniu algumas mulheres e reforçou a importância de se criar um comitê, que até então não existia”, conta Aline Segeren Fonseca, coordenadora da comissão do grupo juntamente com Andrea T. Cosi Andrade e Deborah Acosta.
A inauguração oficial aconteceu em 8 de março de 2021, em um evento que reuniu a paisagista Gabi Pileggi e representantes da SESCOOP. Desde então, o grupo se reúne periodicamente em reuniões que auxiliam positivamente na construção de um cooperativismo mais colaborativo e sustentável e no desenvolvimento pessoal e profissional de cada uma delas. Para o segundo encontro, que aconteceu em agosto de 2021, o comitê trouxe a engenheira agrônoma Elizana Paranhos (Gija) para falar sobre liderança e protagonismo feminino no agronegócio e em um bate-papo enriquecedor.
Entre as ações do programa estão também visitas à sítios para que as participantes possam trocar experiências individuais e coletivas, o que colabora diretamente com o desenvolvimento de um ecossistema organizacional forte e de inovação. O evento de abril deste ano, por exemplo, foi uma visita ao Sítio Acosta, da anfitriã Deborah Acosta, e os registros foram de muita conexão e integração.
“Também estamos, neste ano, fazendo algumas ações de intercooperação com parcerias e troca de vivências com outras cooperativas”, conta Aline, que vê no programa a oportunidade de capacitar e empoderar ainda mais as mulheres e engajar a participação delas nos negócios.
As reuniões também proporcionam às novas participantes conhecer ainda mais a atuação do Veiling e o mercado no qual os produtores estão inseridos. É o caso de Raíssa Teresani Scian, que começou a frequentar os eventos do comitê recentemente. “O Mulheres Cooperativistas me mostrou a importância da cooperativa e da produção de flores e plantas, então eu faço questão de participar de todos os encontros”, relata ela, que usa as redes sociais na divulgação de iniciativas do programa para impactar positivamente ainda mais mulheres.
Além de networking, troca de experiências e muita informação sobre o segmento, as reuniões do comitê fortalecem o vínculo entre as cooperadas. Juliana Caldana, que é cooperada da Cooperativa há mais de 10 anos, destaca que, para ela, essa união forma laços de amizade e fidelidade. “Isso fortalece, não só a produção, mas também o cooperativismo e a própria cooperativa”, completa.
Ainda segundo ela, os encontros a fazem pensar diferente e buscar soluções inovadoras. “Toda vez que eu participo, eu saio provocada a buscar mudanças positivas não só para mim, como para minha equipe e meu negócio”, resume Juliana. O comitê Mulheres Cooperativistas é, não só um incentivo ao protagonismo feminino, mas um exemplo do quanto as mulheres são verdadeiras fonte de inspiração.
Conteúdo exclusivo publicado na Revista MundoCoop – Edição 108
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