Com décadas de história de forte atuação junto às comunidades, as cooperativas de crédito hoje são um importante pilar da sociedade brasileira. Segundo o AnuárioCoop – Dados do Cooperativismo Brasileiro, divulgado pelo Sistema OCB, no último levantamento as cooperativas do ramo crédito reuniam 13,9 milhões de cooperados. Em pesquisa mais recente, divulgada pelo Banco Central, tal número já chega a 15,8 milhões no país.
Desempenhando um papel vital na vida de milhares de pessoas, as cooperativas são um motor na promoção da inclusão financeira. Além de atuarem trazendo melhores ofertas de crédito e serviços para seus associados, o setor ainda realiza um importante trabalho social, desenvolvendo ações que vão desde à educação financeira nas comunidades, até a arrecadação e investimento em Fundos e outras ações voltadas para a garantia de direitos básicos à população.
Com tamanha presença na vida dos brasileiros, são inúmeras as histórias de famílias completamente transformadas pelas cooperativas. Uma destas histórias, é a de Marta Regina Mafra Ferreira, uma educadora de 43 anos que, após perder o marido em 2018, deixou a vida como docente para assumir os negócios da família.
Sendo sua primeira incursão no mundo dos negócios, Marta destaca que os primeiros meses foram difíceis, uma vez que não possuía qualquer capacitação voltada para o mercado empreendedor. “No início, eu me senti perdida e busquei apoio em uma cooperativa de crédito, que me ajudou com questões básicas e pequenas, mas que foram essenciais naquele momento”, relembra.
Foi a partir dessa aproximação com a cooperativa que as coisas mudaram. E ao longo dos anos, uma firme relação foi construída entre ela e a cooperativa, que é a única instituição financeira no município de 3.100 habitantes onde vive. “Eu me sinto uma pessoa importante quando vou à cooperativa. Lá, sou tratada de igual para igual, não tem empecilho, não tem burocracia. A gente acaba formando uma grande família. Eles me fazem sentir em casa e cuidam da parte financeira da minha empresa”, afirma. Em entrevista, Marta revela que já teve contato com outras instituições financeiras, mas que a receptividade e o tratamento direcionados a ela pela cooperativa, fez a diferença em sua nova empreitada.
Tal sopro de esperança é um dos propósitos das cooperativas, que atuam constantemente buscando levar justiça financeira para comunidades deixadas de lado pelo sistema financeiro. Para o coordenador do Ramo Crédito do Sistema OCB, Thiago Borba, a tratativa das cooperativas junto aos seus associados é e continuará sendo, o fator de destaque do setor, que contraria tendências e segue apostando em seu objetivo original: o bem estar do cooperado.
“Com condições mais adequadas à realidade financeira dos seus cooperados, as cooperativas de crédito garantem ao seu quadro social um atendimento personalizado e de alta qualidade, exercendo um papel estratégico na inclusão e educação financeira de milhões de pessoas em todo o país”, frisa.
Além do pensamento estratégico, focado no apoio ao associado, o cooperativismo de crédito ainda tem a seu favor outro ponto: está presente onde os grandes bancos e instituições não estão. Atualmente, pelo menos 5% dos municípios possuem as cooperativas como única instituição financeira. Especializadas em atendimento direto ao cliente, as agências do setor continuam a se espalhar, e respondem pela maior presença física do país, reunindo 8.583 pontos de atendimento, segundo dados de julho deste ano. Tal número, representa um aumento de 99,3% em relação ao período analisado, que se inicia em 2015, quando o ramo registrava 4.312 agências. No mesmo período, os bancos fecharam mais de 5.800 agências.
Somado a esse apoio, as cooperativas de crédito ainda desempenham um importante papel nesta retomada da economia. Segundo o AnuarioCoop, hoje são mais de 90 mil pessoas empregadas diretamente pelo setor, com esse número crescendo exponencialmente a cada ano.
Para o superintendente da Fundação Sicredi, Romeo Balzan, ao contrário de outros players, as cooperativas buscam um objetivo comum, atuando diretamente conectadas com os sete princípios do setor. Desta forma, entregam produtos e serviços de qualidade, alinhados com as necessidades do cooperado. E mesmo ofertando os mesmos produtos dos bancos, seguem à risca o objetivo de colocar o cooperado no centro em todos os processos. “As cooperativas de crédito têm um interesse genuíno na geração de prosperidade para as pessoas e comunidades e buscam estar integradas a elas, não oferecendo só as soluções financeiras que se conectem com suas características, como também se engajando em suas demandas sociais por meio de programas educacionais”, completa Balzan.
Fonte: SomosCoop, com adaptação da MundoCoop
Discussão sobre post