A todo momento o mundo se transforma. Seja nos aspectos mais pequenos ou nos contextos mais complexos possíveis, vivemos um momento de volatilidade, onde olhar o futuro requer um novo posicionamento. Inovar por inovar ficou no passado. Inovar sozinho, não é mais uma opção.
Há tempos que a inovação aberta tem sido colocada como a resposta para uma sociedade mais justa e desenvolvida. Hoje, startups, empresas e organizações internacionais já integram um grande ecossistema que tem gerado as ferramentas que nos guiarão ao próximo nível. As cooperativas, antenadas com as principais tendências do mundo lá fora, não ficam para atrás.
Foi a partir de uma parceria com o ecossistema ONOVOLAB, que o Instituto Credicitrus lançou o ONOVOLAB powered by Instituto Credicitrus. O espaço, localizado em Ribeirão Preto, promete ser o precursor de uma guinada do país rumo à inovação aberta. Em funcionamento desde o final de agosto, o espaço oferece hoje 356 posições de trabalho, além de contar com auditório para 400 pessoas, estúdio de gravação e salas privativas.
Mesmo em seus primeiros passos, o espaço já inclui grandes marcas do mercado como o iFood, Magalu e Votorantim. E a expectativa de expansão é positiva, com uma projeção de 50 novos hubs até 2024, com cinco já em andamento nas cidades do Recife, Porto Alegre, Bebedouro, Araraquara e Indaiatuba.
Para Walmir Fernandes Segatto, Vice-Presidente do Instituto Credicitrus e CEO da Credicitrus, o projeto vai de encontro com a origem do cooperativismo. “Com o propósito de “Construir oportunidades. Transformar vidas”, o Instituto Credicitrus acredita no poder das iniciativas que impulsionam o empreendedorismo e os novos negócios, gerando empregos e oportunidades para os empreendedores, os profissionais, os estudantes e a comunidade como um todo”, frisou.
Diante das mudanças que a humanidade vem enfrentando, criar espaços para o desenvolvimento de iniciativas de inovação tornou-se algo imprescindível, sendo um movimento capaz de impactar a forma como olhamos para a inovação e suas possibilidades. No contexto das cooperativas, inovar sempre esteve na pauta. Pioneiras em um modelo de negócio colaborativo, as cooperativas estão tomando a dianteira neste processo de desenvolvimento que o Brasil e o mundo observam com olhos atentos. Segundo Segatto, mais do que uma necessidade, olhar para a inovação é um passo indispensável para que as cooperativas firmem o seu lugar no ecossistema mundial.
“O mercado está em constante mudança. A cada dia algo novo surge, evolui, melhora. A tecnologia e a comunicação ficam mais rápidas, a produção cada vez mais eficiente e sustentável. Todos os dias surgem novas formas de se conectar, se locomover e de fazer negócios. Um hub de inovação é um ambiente de compartilhamento e desenvolvimento de ideias, que gera respostas rápidas e criativas para que aqueles que investem em inovação possam se manter relevantes frente aos seus concorrentes, antecipando e melhorando resultados”, completa.
Futuro com propósito
A união de vozes e mãos que o ONOVOLAB promove não é uma iniciativa isolada. Hoje, diversas empresas apostam na união com players externos na busca por soluções para as dores de seus clientes. Brasil afora, cooperativas tem apostado na criação de espaços de inovação em busca das ferramentas que irão nos conduzir ao futuro do cooperativismo e da sociedade como um todo. Esse fenômeno, que segue com o projeto que a Credicitrus abraça, tem um elemento chave: a agregação dos valores e princípios cooperativistas.
Para Anderson Criativo, CEO do ONOVOLAB, a pluralidade de vozes que a parceria traz para o ecossistema criado é um dos pilares para uma inovação efetiva e de impacto. “A pluralidade é crucial para a inovação porque a aprendizagem que ocorre entre pessoas com vivências e conhecimentos diferentes é muito enriquecedora”, destaca.
Em desenvolvimento há algum tempo, Anderson destaca que a entrada da Credicitrus foi crucial para a conclusão. “A parceria com a Credicitrus foi determinante para a concretização do ONOVOLAB em Ribeirão Preto. Contar com o apoio de instituições fortes como a Credicitrus e o Instituto Credicitrus é importante no sentido de mostrar que o projeto é perene, com foco no longo prazo e na transformação da sociedade”, complementa.
Pautado no propósito, o ONOVOLAB tem a possibilidade de traçar grandes oportunidades. Não apenas para as empresas, estudantes e outros indivíduos que entrem em contato com o novo ecossistema criado, mas principalmente para as cooperativas. Para Maria Tereza de Souza Lima Uchôa, Presidente do Instituto Credicitrus e vice-Presidente do Conselho de Administração da Credicitrus, o projeto é um exemplo da força do cooperativismo. “Esta parceria é uma demonstração da capacidade do cooperativismo de realizar coisas grandes, que podem gerar resultados ainda maiores, pois promove o alinhamento do cooperativismo com uma das mais modernas tendências de transformação do mundo dos negócios: a inovação aberta”, aponta.
Além de oferecer oportunidades para empreendedores, o ONOVOLAB ainda terá uma agenda intensa de eventos com foco em tecnologia, ciências, inovação e empreendedorismo ao longo do ano, com uma curadoria para garantir conteúdo de altíssima qualidade; tudo de forma gratuita. Com foco em soluções ESG, para o agronegócio e negócios de impacto social, a atuação do espaço deve se expandir nos próximos meses.
A conexão entre o ONOVOLAB e o Instituto Credicitrus é apenas a ponta do iceberg. Em toda a extensão do Brasil, cooperativas estão buscando novas oportunidades de juntar forças, que prometem colocar o cooperativismo brasileiro no mapa do fomento à inovação mundial. Apresentando tamanho sucesso desde a sua concepção, é fato que a inovação aberta é o caminho não apenas para a longevidade e o desenvolvimento das cooperativas, mas de todos.
Assim como as próprias origens das cooperativas nos mostram, unir forças é a resposta. E elas tem em suas mãos o futuro. “O movimento cooperativista não é novo, mas acredito que o momento que vivemos tornará as cooperativas ainda mais relevantes porque existe uma compreensão mais clara da sociedade de que o avanço precisa ser coletivo, precisa ser cooperativo, que o lucro a qualquer custo não é bom nem para o planeta nem para a sociedade. Não tenho dúvida que os princípios do cooperativismo estarão muito presentes no mundo das startups e da inovação nos próximos anos”, Anderson finaliza.
Por Leonardo César – Redação MundoCoop
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