Os números surpreendem. Mesmo em uma das safras de soja mais castigadas pelo clima, como foi a do período 2021/22, com perdas acima de 40% na média geral das lavouras, há produtores cooperados que colheram volumes semelhantes aos dos melhores ciclos. Foi o que revelou o Prêmio Cocamar de Produtividade, em sua 11ª edição, cuja solenidade de premiação aconteceu na manhã de quinta-feira (25/08), na Associação Cocamar, em Maringá (PR).
Dos 112 produtores inscritos, 21 tiveram suas lavouras validadas e auditadas, uma vez que a forte redução de produtividade acabou inviabilizando a participação dos demais.
Mesmo assim, 15 desses 21 produtores colheram acima de 190 sacas por alqueire e a média geral chegou a 201 sacas.
O primeiro colocado, Rodrigo Moura de Souza, de São Sebastião da Amoreira, região norte do Estado, registrou 252,1 sacas por alqueire (6.251 quilos/hectare). Souza é assistido pelo engenheiro agrônomo Felipe Sutil, da unidade local da cooperativa.
A família Suguiura, de Apucarana, também no norte – representada pelo casal Keiko e Tiezo, com a média de 250,5 sacas por alqueire (6.211 quilos/hectare) -, ficou em segundo lugar. Atendidos pelo engenheiro agrônomo Gustavo Emori, da Cocamar local, pelo terceiro ano consecutivo os Suguiura participaram com premiação do concurso promovido pela cooperativa.
Os dois vencedores concorreram pela categoria geral (na outra, Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, a participação foi prejudicada pela severa estiagem que assolou a região noroeste). O prêmio para os produtores e técnicos é uma viagem técnica aos Estados Unidos, onde, durante uma semana, eles vão visitar lavouras, instituições e a edição da Farm Progress Show, uma das maiores feiras tecnológicas do agro em todo o mundo, que volta a ser presencial.
Conforme explicou o gerente geral Emerson Nunes, coordenador do concurso, o principal objetivo da iniciativa é estimular os cooperados a investirem no aumento da produtividade por meio da adoção de manejos e tecnologias apropriadas.
Desde a safra 2001/02, quando a média geral foi de 156 sacas por alqueire, tem havido um incremento contínuo dos números do Prêmio, cuja sequência só foi interrompida, eventualmente, por oscilações causadas em decorrência de adversidades climáticas. Mesmo assim, na safra 2021/22, a média atingiu 201 sacas/alqueire, enquanto a média brasileira, segundo a Conab, ficou em 122 sacas/alqueire.
Ao discursar para um público formado por cooperados, gerentes e técnicos de várias regiões, entre outros convidados, o presidente executivo da Cocamar, Divanir Higino, lembrou que há cerca de uma década, quando foi lançado o desafio de produzir 200 sacas por alqueire, alguns cooperados disseram que alcançar tal meta seria improvável. “Mesmo em um ano tão desafiador, é gratificante apresentar os resultados que estamos vendo”, frisou Higino, concluindo: “o entusiasmo do produtor pelo aumento da produtividade é o que move a Cocamar”.
O evento incluiu a apresentação dos vencedores do 3º concurso Colher Mais Soja, promovido pela empresa parceira da cooperativa, Timac Agro.
Silvio Nakamura, de São Sebastião do Paraíso, que recebeu orientação técnica do engenheiro agrônomo Felipe Sutil, da unidade local da Cocamar, venceu com a maior produtividade e maior retorno sobre o investimento em fertilizantes líquidos, registrando 179,2 sacas/alqueire.
Anderson Maestrello, de Uniflor, assistido pelo engenheiro agrônomo Alysson Galbiatti, da Cocamar/Paranacity, venceu com o maior retorno sobre o investimento em fertilizantes sólidos (10,8 sacas). Por sua vez, Moisés Ricardo Souza, de São Sebastião da Amoreira, orientado pelo engenheiro agrônomo Lincoln Simonini, da unidade local, foi o ganhador na categoria produtividade com fertilizantes sólidos, alcançando a média de 227,9 sacas/alqueire.
Fonte: Imprensa Cocamar
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